O Cenas ao Sul é o resultado de um diálogo com os agentes culturais da cidade que durou seis, sete meses, e enquadra-se num programa mais vasto que é o Évora Imaterial Território de Encontros. Chegados a esta fase, havia que procurar formas de financiamento para o arranque do projeto e um dos agentes culturais propôs candidatar-se ao INALENTEJO para conseguir financiamento. Conseguimos também aqui uma parceria ao nível do financiamento com a Entidade Regional de Turismo que coloca a verba nacional no projeto e a Câmara Municipal que dará todo o apoio logístico do trabalho de enquadramento e organização. O Cenas ao Sul consiste num conjunto de espetáculos e intervenções, mais de 100, que irão acontecer no Verão, entre dia 11 de julho e 13 de setembro, com agentes locais. São executados preferencialmente por agentes culturais locais, que é uma forma também de conseguirmos financiá-los e de promover as suas atividades. Vai terminar com um espetáculo com a Ronda dos 4 Caminhos e agentes locais. São espetáculos de música, dança, teatro e fotografia, estando prevista uma exposição já a partir do dia 11.
- Que objetivos tem este programa cultural?
Este programa tem dois objetivos muito concretos: o primeiro é pôr os agentes culturais da cidade a fazer coisas para a cidade. Segundo, é promover a cultura no nosso território, é recuperar o hábito anterior a 2001, com o VIV’Á RUA e outro tipo de iniciativas anteriores, que foram desparecendo ao longo dos últimos 12 anos. O grande objetivo deste primeiro festival é o relançamento da cultura em Évora, tornando-a pública e trazendo gente para poder usufruir dela.
- Quais os benefícios do programa para a cidade?
Desde logo para os que cá estão, que têm a possibilidade de ver coisas a acontecer na rua diariamente e de experimentar várias formas de intervenção artística todos os dias. Primeiro objetivo, primeiro benefício. Segundo benefício, trazer nova gente a Évora para que possam usufruir da cidade e isto tem um valor económico que com certeza não é despiciendo. Terceiro objetivo é educar públicos para outras propostas de intervenção que não apenas aquelas que são mais comuns e mais aceites.
