Alcaide de Badajoz esteve em Évora para sessão do Observatorio
del Cambio
Observar o que pode mudar para assim planear o futuro. Este é um dos principais objectivos do “Observatorio del Cambio de Badajoz”, um instrumento extremenho, enquadrado no plano estratégico desta cidade extremenha.
A proximidade de Badajoz e Évora levou a que este fórum de debate se deslocasse à cidade alentejana, para juntar responsáveis e empresários de ambos os lados da fronteira, tendo em vista a cooperação entre as duas regiões.
Uma comitiva de várias personalidades da Extremadura, entre elas o alcaide do Ayuntamiento de Badajoz, Francisco Javier Fragoso Martínez, estiveram ontem em Évora.
A visita começou nas instalações do grupo Diário do Sul, que foi um dos parceiros desta iniciativa. Seguiu-se o encontro com o presidente do Município de Évora, Carlos Pinto de Sá, onde as características comuns entre as duas cidades foram destacadas.
Em declarações ao Diário do Sul, o alcaide de Badajoz salientou que “esta visita a Évora enquadra-se na planificação estratégica da cidade de Badajoz, porque Évora e Badajoz têm uma grande responsabilidade como as duas maiores cidades das nossas regiões”, sustentando que “Évora é a cidade mais populosa do Alentejo e Badajoz é a cidade mais populosa da Extremadura”.
Francisco Javier Fragoso Martínez realçou que “temos muitos interesses em comum que permitem pensar no futuro”, exemplificando com “o comboio de alta velocidade, as smartcities ou a universidade”.
Na sua opinião, “temos a possibilidade de Évora e Badajoz colaborarem em conjunto para que o nosso futuro seja melhor”. Francisco Fragoso Martínez reforçou ainda que “esta reunião do Observatório permitiu pensar no futuro num horizonte de dez anos e não apenas no presente, pois ao observarmos o que vai mudar, podemos anteciparmo-nos”.
Durante o encontro na Câmara Municipal de Évora, o autarca local lembrou que “a colaboração entre estas duas cidades já tem alguma tradição”, adiantando Carlos Pinto de Sá que “estamos a tentar o relacionamento entre vários municípios e naturalmente que os municípios da fronteira são muito importantes, inclusive no âmbito da União Europeia e de um conjunto de programas que poderão ser utilizados”.
Disse ainda que “há disponibilidade da nossa parte para encontrarmos formas de colaboração concretas que interessem não apenas aos nossos municípios, mas também aos nossos territórios, à sua economia e aos empresários”.
Posteriormente, o grupo foi conhecer o projecto InovCity que a EDP Distribuição tem implementado em Évora, desde 2007. Na loja InovCity foram recebidos por José Marmé, director de Redes e Clientes Sul da EDP Distribuição.
Segundo o alcaide do Ayuntamiento de Badajoz, esta cidade extremenha tem “apostado na eficiência energética e o projecto da EDP aplicado em Évora é muito interessante na área das novas energias”, considerando que “esta proximidade com a fronteira permite que sejam feitas experiências a este nível”.
Para José Marmé, a questão da “proximidade e da continuidade geográfica” também assume particular importância. “A visita do Ayuntamiento de Badajoz permite-nos criar laços de proximidade para que as soluções encontradas num lado possam ser aplicadas no outro e se trabalhe de uma forma complementar”.
Destacou ainda que “o InovCity já foi objecto de várias apresentações em Badajoz, através do ITAE (Escola de Negócios de Badajoz)”, afirmando que “as evoluções deste projecto têm sido acompanhadas de perto por parte dos nossos vizinhos e achamos que Évora será um local de novas experimentações destas tecnologias e de certeza que iremos encontrar novas soluções”.
A Fundação Alentejo foi o último ponto de paragem desta deslocação a Évora, que incluiu uma visita ao Colégio da Fundação Alentejo e à EPRAL. A presidente desta instituição, Fernanda Ramos, acompanhou a comitiva, dando a conhecer o trabalho desenvolvido ao nível do ensino pela fundação.
O almoço decorreu no restaurante Vauban que pertence a esta escola profissional, o que permitiu mostrar um pouco das práticas e do modelo educativo aí praticado.
A reunião do “Observatorio del Cambio de Badajoz - Évora / Badajoz: conexiones, cooperación y posibilidades conjuntas” também foi realizada nas instalações da EPRAL, juntando mais de duas dezenas de participantes, do Alentejo e da Extremadura.
De acordo com Francisco Javier Fragoso Martínez, “a Fundação Alentejo é um instituição que tem muitas relações com Badajoz”. Evidenciou também que “tem um modelo ao nível da educação diferente, que não existe na Extremadura”, considerando que é “um modelo para copiar”.
O alcaide de Badajoz frisou ainda que “a Fundação Alentejo apoiou esta iniciativa e também através da qual lhes foi permitido degustarem a excelente gastronomia praticada pelos alunos e professores da Escola Profissional da Região Alentejo”.